"Estamos em um regime autoritário", diz Marcelo D2 em ato a favor de Greenwald
Marcelo D2 compareceu ao protesto realizado hoje à noite no Rio de Janeiro a favor do jornalista Glenn Greenwald, responsável pelo site The Intercept Brasil e e que vem publicando diálogos entre Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato.
De bengala após ter quebrado o pé jogando futebol, o cantor se uniu a Chico Buarque, Paulo Betti, Wagner Moura, Pedro Luís, Humberto Carrão e Fernanda Abreu para protestar contra o governo.
"Eu acho que a gente está vivendo um momento super delicado no país. Eu vejo que já estamos em um regime autoritário, a gente já está com um pé dentro de um autoritarismo perigoso para todas as instituições", declarou o cantor ao UOL.
"Se a gente não tiver uma imprensa livre, a gente vai entrar nesse buraco sem fim. Estamos vivendo em um momento de pós-verdade, que a mentira está vivendo mais do que a verdade", acrescentou.
Ativo nas redes sociais, principalmente no Twitter, D2 ainda falou sobre o ódio que ronda a internet e os ataques constantes que ele recebe.
"Sou muito atacado. Eu nasci em uma favela no Rio de Janeiro, sou um cara mestiço, não é esse governo Bolsonaro que começou a me atacar, sou atacado desde quando nasci, estou pronto para isso", declarou.
"Não vai ser essa meia dúzia de robôs, essa velharada que está lutando por esse baile sem fim da burguesia que vai me desanimar."